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A IMPORTÂNCIA DO AUTÊNTICO CRISTÃO


Antes de meditarmos sobre a importância do autêntico cristão para o mundo, é importante relembrarmos o significado deste título. Primeiramente é bom que se diga que ser rotulado de cristão não era inicialmente um adjetivo que soava muito simpático perante a sociedade, poderíamos dizer até que era perigoso ser designado desta forma. Porquê? Ora, por que como o próprio título já deixa antever, deriva do nome de Cristo, ou seja, CRISTÃO foi uma forma que o povo achou de rotular aqueles indivíduos que adotavam a maneira de viver parecida com aquela que um certo filho de carpinteiro pregou durante algum tempo e que por suas idéias revolucionárias e por se intitular o MESSIAS, foi morto, crucificado, logo, invariavelmentee os simpatizantes dessas idéias teriam que ter o msmo fim.

Após resgatarmos esses fatos que são também históricos, vamos relembrar algo que é bastante relevante para nossa meditação:





Apesar das várias correntes de pensamento existentes a respeito da espiritualidade humana, salvo uma ou outra exceção, todas concordam com a existência de um Deus que é criador de todas as coisas e de fato é, que este mesmo Deus sempre manifestou desejo que suas criaturas se relacionassem com Ele, o criador (E, ouvindo a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim à tardinha, esconderam-se o homem e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim. Gn 3.8). No entanto já no início desta relação, o homem se mostrou incapaz de por si só estar a altura desta relação. E este mesmo Deus então, deixou claro para o homem que Ele já sabia desta incapacidade e revelou ao homem que o que realmente importa para Ele, é o resultado da escolha que sua criatura, o homem, venha a fazer no período que ele estiver nesta terra: Viver uma vida piamente em Sua presença ou, escolher uma vida voltada para a maldade e a iniquidade. Sim porque Ele dotou o homem de libertade para escolher o caminho que lhe aprover, sabendo homem que o resultado dessa escolha lhe será cobrado (Alegra-te, mancebo, na tua mocidade, e anima-te o teu coração nos dias da tua mocidade, e anda pelos caminhos do teu coração, e pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por todas essas coisas Deus te trará o juízo. Ec 11.9).



Como seria de se esperar, a alegria do Senhor, sua satisfação reside no fato de saber que o homem, por sua livre e espôntanea vontade, escolha fazer aquilo que é reto e viver, em consequência dessa retidão, em harmonia com Ele. Em todos os tempos sempre existiram homens que fizeram a escolha certa e se fôssemos relacionar, grande seria a lista, mas o fato é que num primeiro momento, esta opção de agradar a Deus era quase que restrita a um povo: Os Judeus. porém obedecendo a um plano já pré-estabelecido por Ele, ao seu tempo, devido a este desejo de estender esta opção a todos povos da terra Ele envia seu Único Filho para realizar a obra redentora na cruz do calvário, mas não sem antes renovar os parâmetros que deveriam ser observados para que o Pai fosse glorificado.



E é aqui que nós nos situamos. Somos( a igreja) a expressão para a humanidade do grande amor e justiça de Deus. Seus legítimos representantes aqui na terra e para termos este status nos é exigido um padrão moral de comportamento diferenciado, pois é a sua recomendação: "Porque Eu Sou o Senhor, vosso Deus; portanto vós vos santificareis e sereis santos, porque Eu sou Santo..." (Lv 11.44b). O homem para justificar sua conduta errônea, costuma questionar com aqueles que optam em levar uma vida reta diante de Deus, que Ele não outorgou a ninguém falar em seu nome aqui na terra, no entanto está escrito: "Mas todos nós, com cara escoberta, refletindo, como espelho, a glória do Senhor..." (II Co 3.18b) como podemos então levar uma vida de qualquer maneira se nós refletimos a glória do nosso CRIADOR? (Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios, e esperei inteiramente na graça que se vos oferece



na revelação de Jesus Cristo. Como filhos obedientes, não vos conformeis às concupiciências que antes tínheis na ignorância; mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em todo o vosso procedimento; porquanto está escrito: Sereis santos, porque Eu sou santo. E se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andia em temor durante o tempo da vossa peregrinação, sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como ouro e prata, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem mancha, o sangue de Cristo, o qual, na verdade, foi conhecido aindaantes da fundação do mundo, mas manifestono fim dos tempos por amor de vós, que a vossa fé e esperança estivessem em Deus. Já que tendes purificado as vossas almas na obediência à verdade, que leva ao amor fraternal não fingido, de coração amai-vos ardentemente uns aos outros, tendo renascido, não de semente corruptível, mas de incorruptível, pela palavra de Deus, a qual vive e permanece. Porque: Todo a carne é como a erva, e toda a sua glória como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor; mas a palavra do Senhor permanecce para sempre. E esta é a palavra que vos foi evangelizada.) I Pe 1.13-25.



Para concluir, a grande importância do autêntico cristão: revelar aos homens que é possível sim levar uma vida reta e santa, bastando para isso, uma renúncia daquilo que o inimigo de nossas almas diuturnamente coloca a nossa disposição, mas ao contrário de Adão e Eva que se renderam a estas oferendas, temos total liberdade para dizer: NÃO!Nós queremos fazeer a vontade do nosso Criador e com Ele ter comunhão, e ainda ressaltamos que, como se isso não fosse suficiente, podemos ainda citar que aqueles que optam por viver um cristianismo autêntico são considerados pelo próprio Cristo, como SAl da terra e Luz do mundo,ou seja, temos a propriedade de preservação do sal e a propriedade de iluminação da luz para este mundo que se encontra em processo de franca decomposição moral e espiritual e, densas trevas.



SEJAMOS PORTANTO AUTÊNTICOS CRISTÃOS!!!

 
 
 
 
 
 
 
 
A Sua glória Ele deixou



Homem Ele se tornou


Seu suor em sangue se transformou


Veio para os seus e os seus


Não o conheceram


Foi desprezado, humilhado


Por todos rejeitado


A cruz pesada carregou


E nela pregado foi


Seu precioso sangue derramou


Uma lança o transpassou


Mas Ele não desistiu


Suportou até o fim


Aqueles cravos em suas mãos


Aquela cruz, aquela condenação


não eram para ele não


Mas por causa do seu imenso amor


Ele tudo suportou


Pois sabia que através do sangue derramado


me libertaria de todo pecado


E hoje sou livre


pelo sangue derramado na cruz


Hoje sou livre


Pelo imenso amor de Jesus!!!














Certa vez, um homem caminhava pela praia numa noite de lua cheia.


Pensava desta forma: se tivesse um carro novo, seria feliz;


Se tivesse uma casa grande, seria feliz;


Se tivesse um excelente trabalho, seria feliz;


Se tivesse uma parceira perfeita, seria feliz,


Quando tropeçou com uma sacolinha cheia de pedras.


Ele começou a jogar as pedrinhas uma a uma no mar cada vez que dizia: Seria feliz se tivesse...


Assim o fez até que somente ficou com uma pedrinha na sacolinha, que decidiu guardá- la.


Ao chegar em casa percebeu que aquela pedrinha tratava-se de um diamante muito valioso.


Você imagina quantos diamantes ele jogou ao mar sem parar para pensar?


Assim são as pessoas... jogam fora seus preciosos tesouros por estarem esperando o que acreditam ser perfeito ou sonhando e desejando o que não têm, sem dar valor ao que têm perto delas.


Se olhassem ao redor, parando para observar, perceberiam quão afortunadas são.


Muito perto de si está sua felicidade.


Cada pedrinha deve ser observada... pode ser um diamante valioso.


Cada um de nossos dias pode ser considerado um diamante precioso, valioso e insubstituível.


Depende de cada um aproveitá-lo ou lançá-lo ao mar do esquecimento para nunca mais recuperá-lo.


Você como anda jogando suas pedrinhas?


(que podem ser namorados, amigos, trabalho e até mesmos seus sonhos).


A morte não é a maior perda da vida.


A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos.










A essência do amor da Noiva para com o Noivo

Ct 5:2-8 – “Eu dormia, mas o meu coração velava; e eis a voz do meu amado que está batendo: abre-me, minha irmã, meu amor, pomba minha, imaculada minha, porque a minha cabeça está cheia de orvalho, os meus cabelos das gotas da noite. Já despi a minha roupa; como as tornarei a vestir? Já lavei os meus pés; como os tornarei a sujar? O meu amado pôs a sua mão pela fresta da porta, e as minhas entranhas estremeceram por amor dele. Eu me levantei para abrir ao meu amado, e as minhas mãos gotejavam mirra, e os meus dedos mirra com doce aroma, sobre as aldravas da fechadura. Eu abri ao meu amado, mas já o meu amado tinha se retirado, e tinha ido; a minha alma desfaleceu quando falou; busquei-o e não o achei, chamei-o e não me respondeu. Acharam-me os guardas que rondavam pela cidade; espancaram-me, feriram-me, tiraram-me o manto os guardas dos muros. Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, que, se achardes o meu amado, lhe digais que estou enferma de amor.”



O texto acima é parte de um poema de amor, escrito há quase três mil anos atrás, protagonizado pelo Rei Salomão e a sua amada Sulamita. Ao lermos estes versículos do capítulo 5 podemos identificar, nas atitudes impulsivas de Sulamita, insensibilidade, comodismo, desinteresse, ausência do desejo em relacionar-se e indiferença. Por que ela se portou desta forma? Ela não o amava? Sim, ela o amava, mas o Senhor permitiu que essa atitude fosse registrada de forma muita discreta neste texto, para que pudéssemos atentar que a chama do amor pode se esfriar se não houver a devida manutenção. Ao estudarmos o relacionamento de casais em geral vemos que, na grande maioria, passam por momentos de apatia apresentados por Sulamita no texto citado. Esses momentos, quando não tratados com atenção, podem levar à frieza e ao desgaste do relacionamento. Muitos, a partir daí, passam a conviver com o seu cônjuge como irmãos, onde a chama do amor já não arde mais.

Vemos que em todo este livro poético, Cânticos de Salomão (Cantares), onde o Amado (Salomão) representa JESUS, e a Amada (Sulamita) a IGREJA, o Senhor demonstra o quanto Ele ama a Sua Igreja e o quanto Ele quer se relacionar intimamente com ela. O relacionamento íntimo vai muito além de um conhecimento superficial, ou “apenas de ouvir falar”, como citou Jó no capítulo 42, versículo 5, após completar e vencer a sua grande prova, onde passou a experimentar, a partir daí um conhecimento profundo de Deus. Confirma isso ao completar a frase dizendo: “Agora os meus olhos te vêem”. Esse conhecimento profundo, ou essa intimidade com Deus, gera vida, assim como o relacionamento íntimo do marido para com a sua esposa. É por isso que Ele se utiliza da figura de linguagem MARIDO E MULHER, para exemplificar e tornar claro o tipo de relacionamento que Ele deseja que tenhamos com Ele.

Voltando ao nosso texto, faremos a seguir um paralelo entre o estado de apatia de Sulamita e o estado de muitos cristãos que freqüentam as igrejas de hoje, que se encontram apáticos, acomodados e sem compromisso. O que estaria acontecendo? E mais uma vez perguntamos:

O que, então, levou a Sulamita a tomar tal atitude diante do amado de sua alma?

Eu quero apresentar a você mais um detalhe curioso nessa história. Leia comigo o texto a seguir Ct 3:1-4:

“De noite, no meu leito, busquei o amado de minha alma, busquei-o e não o achei. Levantar-me-ei, pois, e rodearei a cidade, pelas ruas e pelas praças; buscarei o amado da minha alma. Busquei-o e não o achei. Encontraram-me os guardas, que rondavam pela cidade. Então, lhes perguntei: vistes o amado da minha alma? Mal os deixei, encontrei logo o amado da minha alma; agarrei-me a ele e não o deixei ir embora, até que o fiz entrar em casa de minha mãe e na recâmara daquela que me concebeu.”

Este texto mostra-nos uma atitude completamente oposta a que ela veio tomar posteriormente, até não parece se tratar da mesma pessoa. Visto que neste caso ela não questiona o levantar-se para ir atrás de seu amado. Ela simplesmente o faz. E ele não estava tão perto assim, como no primeiro texto citado, onde ele estava à sua porta. Mesmo assim, ela não mediu esforços em levantar e sair para buscá-lo. O fato de ela cogitar e questionar abrir a porta para o seu amado, também lhe trouxe conseqüências que não foram vistas neste caso acima. Pois neste, ela saiu nas ruas e nas praças e também chegou a encontrar os guardas, porém estes não a trataram como prostituta, como no segundo caso, onde ela fora espancada por eles e exposta à vergonha. O resultado dessa atitude, além das conseqüências sofridas, fora declarado por ela no final do texto principal: “…estou enferma de amor.”

Com base neste poema, iremos dividir em estágios a caminhada da maioria dos cristãos. Se ao ler os estágios que irei explanar a seguir, você estiver enquadrado em um deles, não se sinta de modo algum acusado, e sim, atento para as próximas atitudes que precisa tomar.



1º ESTÁGIO: O PRIMEIRO AMOR

Ao pesquisarmos os capítulos anteriores, veremos uma mulher completamente apaixonada, amando profundamente ao seu amado; bem como àqueles que se entregaram a Cristo e passaram pelo primeiro amor:

• Ela o apreciava (Ct 1:16) “Eis que és formoso, ó amado meu, como amável és também; o nosso leito é viçoso” ; estes cristãos também reconheciam o amor, o cuidado, a benevolência e a misericórdia que foram demonstradas por Cristo ao se dar por resgate de suas vidas. Reconheciam e eram gratos, de todo o coração, pela transformação e pela oportunidade de encontrar a vida eterna e abundante, que somente Ele poderia dar. Existia uma apreciação inerente, visto que a felicidade, a paz e o amor que agora faziam parte de suas vidas só eram possíveis por causa de Cristo neles.

• Ela o desejava (Ct 2:3) “Qual a macieira entre as árvores do bosque, tal é o meu amado entre os filhos; desejo muito a sua sombra, e debaixo dela me assento; e o seu fruto é doce ao meu paladar”; estes cristãos também desejavam estar na presença do Senhor, pois reconheciam que esta lhes trazia conforto, alegria (extremo gozo), deleite. Sem falar das bênçãos sempre recebidas.

• Ela queria estar sempre em seus braços (Ct 2:6) “A sua mão esquerda esteja debaixo da minha cabeça e a direita me abrace.”; estes também se lançavam sem reservas em Seus braços, pois sabiam o quanto Ele lhes dava segurança e proteção. Podia sentir toda a Sua ternura pelos cuidados de Suas mãos.

• Ela era dele (Ct 2:16ª) “O meu amado é meu e eu sou dele”; esses também tinham a consciência da aliança feita ao confessarem publicamente o Seu Senhorio sobre suas vidas, sendo assim, não receavam obedecer à sua direção.

• Ela não suportava ficar distante dele (Ct 2:17) “Antes que refresque o dia, e fujam as sombras, volta, amado meu”; estes também percebiam o quanto a distância do Senhor trazia angústia, medo e insegurança, principalmente diante das provas do dia-a-dia.

• Ela o buscava até o encontrar (Ct 3:1-2; 4ª) “De noite, no meu leito, busquei o amado de minha alma, busquei-o e não o achei. Levantar-me-ei, pois, e rodearei a cidade, pelas ruas e pelas praças; buscarei o amado da minha alma… encontrei logo o amado da minha alma; agarrei-me a ele e não o deixei ir embora”; por isso, estes, ao perceberem certo distanciamento, começavam a buscá-Lo, indo às reuniões com mais constância, dedicando-se mais à oração e à leitura da Palavra, com o intuito de não mais se distanciar.



2º ESTÁGIO: LETARGIA ESPIRITUAL

“Eu dormia, mas o meu coração velava; e eis a voz do meu amado que está batendo: abre-me, minha irmã, meu amor, pomba minha, imaculada minha, porque a minha cabeça está cheia de orvalho, os meus cabelos das gotas da noite. Já despi a minha roupa; como as tornarei a vestir? Já lavei os meus pés; como os tornarei a sujar?” Ct 5:2-3

Podemos considerar este o estágio mais perigoso na jornada de um cristão, visto que não se percebe a frieza espiritual, o comodismo e a indiferença que se encontra.

Como vimos na citação acima:

• Ela dormia: Uma pessoa naturalmente sonolenta não age na razão, não responde pelos seus atos, não tem agilidade, não tem atitude, nem decisão. Enfim, não tem vontade de se mover, prefere ficar bem acomodada. Esse é, infelizmente, o estágio que muitos cristãos se encontram após passarem pelo PRIMEIRO AMOR. Eles deixam de buscar a novidade de vida com Deus e entram em uma perigosa e maligna rotina religiosa, entregando-se a sonolência, a qual dificulta o discernimento das coisas espirituais. (veja em Mt:36-46 o exemplo dos discípulos que Jesus levou ao Getsêmani para estarem vigiando e intercedendo por Ele. Não suportaram o sono e, por serem achados dormindo por três vezes consecutivas, decepcionaram o Senhor)

• O coração dela velava: Velar está relacionado com orar e vigiar. Implica dizer que, mesmo estes cristãos que se encontram neste estágio de letargia, continuam orando. Talvez com menos intensidade do que antes, ou até mesmo, orações dirigidas mais pela razão, conduzidas mais pelas necessidades ou pelo o que se vê, do que dirigidas pelo Espírito. Muitas vezes, são orações bem elaboradas que chamam a atenção, cheia de palavras bonitas, porém, sem a essência de Deus. O fato de continuarem orando, não quer dizer que as suas orações estão sendo ouvidas, pois Deus conhece as intenções dos corações. Podemos ver na Palavra dois exemplos citados, o primeiro, em Lc 18:10-14 onde Jesus apresenta a diferença entre a oração conduzida pela carne da oração conduzida pelo Espírito; e em Tg 4:3 que diz: “Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.”

• Ela não deixou de ouvir a voz de seu amado: Assim como Sulamita, os cristãos neste estágio continuam ouvindo a voz do Senhor. Porém, existe uma diferença entre o que apenas ouve (este não tem atitude), para o que ouve e atenta (este obedece à voz de comando). Jesus nos mostra essa diferença em Mt 7:24-27, exemplificando o primeiro caso, tal qual aquele que constrói a casa sobre a areia, que não tem sustentação em meio à tempestade; e o segundo caso, compara com aquele que constrói sua casa sobre a rocha. Esta estará firme para suportar qualquer vento ou tempestade. Ele também nos ensina que a decisão de abrir a porta está em nossas mãos, se atentarmos, Ele entrará e encontraremos o deleite da Sua presença. Ap 3:20 – “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo”

• Ela se sentia confortável e não queria mudar de posição: Do mesmo modo, esses cristãos estão se sentindo confortáveis e seguros, pois já conheceram o verdadeiro amor e estão aliançados com Ele – Jesus, Aquele que garante cuidar e amar até a consumação dos tempos. Porém, acostumaram-se com o Seu cuidado, e perderam o respeito e a honra para com a Sua presença. Tornaram-se apáticos e indiferentes: “… e apascentando-se a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos de uma parte para outra; são como árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas;” Jd 1:12



3º ESTÁGIO: BENEFÍCIO PRÓPRIO

“O meu amado pôs a sua mão pela fresta da porta, e o meu coração se comoveu por amor dele. Eu me levantei para abrir ao meu amado, e as minhas mãos gotejavam mirra, e os meus dedos mirra preciosa, sobre a maçaneta do ferrolho.” Ct 5:4-5

• Ela viu as suas mãos e se quebrantou: Muitos só se quebrantam mediante as bênçãos, manifestações e obras de Suas mãos. Só O buscam para benefício próprio, interessados apenas em Suas mãos. Não desejam a Sua face. Querem e preferem o relacionamento superficial, sem compromisso. O quebrantamento e as lágrimas com certeza vêm, pois é impossível presenciar a manifestação da Glória do Senhor e permanecer de pé, mas isso não implica em mudança de atitude.

• Suas mãos estavam encharcadas de óleo: O óleo representa à Unção do Espírito. Estes cristãos, que se encontram neste estágio, gostam da Unção e a buscam para usufruto próprio. Existem aqueles que gostam de molhar as mãos no óleo da Unção, ou seja, gostam de experimentar as fagulhas do Poder de Deus, e vivem à procura de reuniões onde possam gozar destes momentos, destas experiências. Também existem aqueles que, no estágio do Primeiro Amor, foram encharcados pela Unção e receberam os Seus dons, os quais são irrevogáveis (Rm 11:29). Porém, deixaram-se levar pela soberba, pelo orgulho, ou auto-suficiência e entraram no estágio do Benefício Próprio, onde se utilizam dos Dons e da Unção em seus deleites e para sua própria glória. O apóstolo Paulo repreende a Igreja de Corinto por se gloriar em seus dons, afinal, o poder vem de Deus. “Porque, quem te faz diferente? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias, como se não o houveras recebido?” I Co 4:7



4º ESTÁGIO: ARREPENDIMENTO TARDIO

“Eu abri ao meu amado, mas já o meu amado tinha se retirado, e tinha ido; a minha alma desfaleceu quando falou; busquei-o e não o achei, chamei-o e não me respondeu. Acharam-me os guardas que rondavam pela cidade; espancaram-me, feriram-me, tiraram-me o manto os guardas dos muros. Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, que, se achardes o meu amado, lhe digais que estou enferma de amor.” Ct 5:6-8

• Ela se arrepende, mas já era tarde: Para que haja a restauração da aliança, para que se restabeleça o relacionamento que fora desgastado pelo abuso da confiança, é necessário o arrependimento, que é o reconhecimento dos seus erros e a tomada de atitude correta, rumo à restauração. Porém, sabemos que há um preço a ser pago, o preço da reconquista. Isso leva tempo, tempo de busca, tempo para provar as intenções do coração, tempo para pesar os valores, tempo para provar o amor.

• Ela sofreu as conseqüências: Sempre haverá conseqüência mediante a desobediência. Se deliberadamente decidirmos nos afastar de Sua presença e não mais quisermos a Sua intimidade, com certeza, Ele também nos rejeitará (“Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus” Mt 10 : 33), o Seu Espírito em nós se entristecerá (“E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção” Ef 4 : 30), e não mais teremos a Sua bênção e proteção. Pois o pecado nos afasta de Deus, e nos coloca para fora de Seu esconderijo. Não mais seremos guardados por Sua sombra, como nos diz em Sl 91:1; estaremos à mercê das astutas ciladas do inimigo.

• Ela ficou enferma de amor: O estado de enfermidade está relacionado com o sofrer por amor. E não se trata do sofrimento citado em I Co 13:7 “o amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”, pois neste caso o apóstolo Paulo nos mostra o quão sublime é o amor, com toda a sua pureza e força. O caso de Sulamita, que é o mesmo de muitos cristãos, é causado pela frustração gerada por suas próprias atitudes erradas, pelo tempo perdido, pela credibilidade desperdiçada e, principalmente, pela busca sem êxito. Existem muitas pessoas que cantam esta declaração para o Senhor, “Estou enferma de Amor por Ti, Jesus”, baseado neste texto de Cantares, porém não compreendem que o contexto citado, trata-se da conseqüência de uma frustração. Não é este o estado de amor que o Senhor espera de nós.



5º ESTÁGIO: RESTAURAÇÃO DA ALIANÇA

“Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, com veementes labaredas. As muitas águas não podem apagar este amor, nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens de sua casa pelo amor, certamente o desprezariam.” Ct 8:6-7

No final deste poema, chega-se a esta conclusão maravilhosa:

• Se colocarmos o Senhor e o seu amor por nós como selo sobre o nosso coração (que é o nosso espírito) e como selo sobre o nosso braço (que é a nossa carne), estaremos guardados por Ele, fechados para a entrada de toda e qualquer intenção do inimigo em separar-nos. Pois o Seu amor por nós é forte como a morte (a Sua própria morte); e duro, como a fria sepultura experimentada por Ele, é o seu zelo e ciúme por nossas vidas, pois Ele nos comprou com o preço do Seu próprio sangue, para sermos propriedade exclusiva dEle.

• O amor do Senhor por nós é inextinguível e nós precisamos corresponder ao Seu amor. E, como dissemos no início, todo amor precisa ser cuidado e alimentado para se manter a chama. Por isso, precisamos alimentá-lo para que se torne tal como brasas de fogo, veementes labaredas. Sendo assim, nem mesmo as muitas águas poderiam apagá-lo.

• Daí, estaremos seguros de que não há nada, nem ninguém mais importante, ou de maior valor do que o nosso Amado, do que o Nosso Amor. É simplesmente insubstituível, inigualável, imensurável.

Neste último estágio, concluímos o estudo dizendo:

• Voltar ao primeiro amor é o maior desejo do Nosso Amado, para que tenhamos:

“Intimidade com Ele"